
Ouço gargalhadas no vento...
Teu medo alimenta
minha sede.
Quantos seres de outrora
ressurgem de suas tumbas para te perturbar?
No assobio do tempo,
cantarolando uma sinistra canção de ninar...
Não fiques acordado à minha espera...
Dorme agora,
venho buscar-te a alma antes da aurora.
Acende um cigarro e traga teu último suspiro.
Teu desespero de nada adiantará.
Não te escondas, não te furtes ao meu abraço sombrio.
Deita-te e aguarde-me.
Sou tua amada sedenta a buscar-te na noite.
Sou tua sina.
Sou aquela que te envolverá úmida e definitivamente.
Sou a terra que desfará todos os teus sonhos e infortúnios.
Ama-me como última e única certeza.

